Espanhóis confrontam polícia em protesto no Congresso de Madri

Espanhóis confrontam polícia em protesto no Congresso de Madri

Sindicato projeta que mais de 1 milhão de pessoas se uniram contra medidas de austeridade na Europa

AFP

Espanhois confrontam polícia em protesto no Congresso de Madri

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A polícia de choque dispersou na noite desta quarta-feira manifestantes agrupados diante do Parlamento em Madri, ao final de uma gigantesca manifestação contra as medidas de austeridade adotadas pelo governo da Espanha, assim como o resto da Europa. O Batalhão de Choque reagiu após a multidão lançar pedras, garrafas e fogos de artifício.

O movimento fazia parte do dia de greve geral contra a política de austeridade do governo de direita, que prevê cortes nas verbas da saúde e da educação e o aumento do IVA. Uma imensa maré humana atendeu à convocação dos sindicatos e ocupou as ruas do centro da capital espanhola sob o lema: "Temos soluções, mas querem tirar nosso futuro".

"Uma noite magnífica em Madri", definiu o secretário-geral do sindicato Comissões Operárias (CCOO), Ignacio Fernández Toxo, ao se dirigir à multidão projetada em "mais de 1 milhão de pessoas" pelos sindicalistas. Enquanto a passeata avançava lentamente pelas grandes avenidas, centenas de manifestantes, convocados pelo movimento dos indignados, forçavam as barreiras instaladas pela polícia de choque para impedir o acesso ao Parlamento, com constantes atritos entre jovens encapuzados e policiais.

Em Barcelona, outro protesto reuniu mais de 50 mil pessoas, segundo o governo da Cataluña. No total, 120 manifestações estavam previstas para esta quarta-feira em todo o país, durante a segunda greve geral desde a chegada ao poder, há menos de um ano, do governo de Mariano Rajoy. Os protestos fazem parte da mobilização europeia contra as políticas de austeridade adotadas por vários governos e marcada por outra greve geral, em Portugal.

Em Portugal, várias atividades acabaram afetadas pela paralisação. Os transportes como metrô e aeroportos estavam paralisados ou com serviços reduzidos em Lisboa. Funcionários do setor de saúde também aderiram à paralisação.

De acordo com o ministério do Interior, foram registrados incidentes desde a manhã desta quarta-feira em várias cidades, com um saldo de 34 feridos, incluindo 18 policiais, e 62 pessoas foram detidas. A greve foi convocada pelos dois principais sindicatos do país, a União Geral de Trabalhadores (UGT) e as Comissões Operárias (CO).


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