Espanhóis fazem manifestações contra energia nuclear
"Usinas nucleares, nem aqui nem no Japão", pediam cartazes
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As manifestações foram convocadas por organizações como a Ecologistas em Ação e o Greenpeace, que exigem o fechamento das seis centrais nucleares espanholas, principalmente duas delas, Santa María de Garoña, no norte, e Cofrentes, no leste, que utilizam uma tecnologia similar à de Fukushima. Em Madri, cerca de 200 pessoas se concentraram na Porta do Sol, muitas delas exibindo cartazes com a frase "Todos com o Japão".
"O que acontece no Japão mostra que coisas improváveis acabam de acontecer", explicou Francisco Castejón, porta-voz da Ecologistas em Ação, uma das principais organizações ambientalistas espanholas.
A Espanha anunciou na quarta-feira que vai revisar os sistemas de segurança de suas centrais nucleares.
Orientada para as energias renováveis, a Espanha também tenta reduzir a sua dependência do petróleo e decidiu prorrogar a vida de várias de suas centrais.
Em 2009, o governo prolongou até 2013 a atividade de Garoña, a central mais antiga do país, em funcionamento desde 1971. Em 10 de março, véspera do terremoto no Japão, o governo autorizou o prolongamento da exploração por dez anos da central de Cofrentes.