Estado Islâmico assume decapitação do britânico Alan Hennin

Estado Islâmico assume decapitação do britânico Alan Hennin

Henning é o quarto refém executado pelos jihadistas do EI na Síria

AFP

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O Estado Islâmico (EI) anunciou nesta sexta-feira a decapitação do trabalhador humanitário britânico Alan Henning, cometida pelo grupo em represália pelos ataques aéreos da Grã-Bretanha contra seus combatentes no Iraque.

Intitulado "uma nova mensagem aos Estados Unidos e a seus aliados", o vídeo foi gravado no mesmo local das
execuções anteriores de dois americanos e de um britânico.

Vestido com o mesmo uniforme laranja das outras vítimas anteriores - e que lembra o dos presos da base militar
americana de Guantánamo -, Alan pronuncia uma frase curta e, depois, o agressor toma a palavra para acusar o
Parlamento britânico de ser responsável pela morte de seu cidadão.

Embora a voz pareça ter sido modificada eletronicamente, o carrasco tem sotaque britânico e, segundo o centro
americano de monitoramento de páginas islâmicas na Internet SITE, aparenta ser o mesmo que matou o também
britânico David Haines, em meados de setembro.

Ao final da gravação, que dura um minuto e 11 segundos, o EI apresenta outro refém americano, identificado como
Peter Kassing.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou o "assassinato brutal de Alan Henning por parte do Estado Islâmico", confirmando a autenticidade da gravação.

"O assassinato brutal de Alan Henning por parte do Estado Islâmico mostra apenas a que ponto esses terroristas são bárbaros e repulsivos", declarou Cameron, manifestando sua solidariedade com a mulher e os filhos da vítima.

"Faremos todo o possível para capturar esses assassinos e levá-los à Justiça", prometeu Cameron.

Já a Casa Branca declarou, nesta sexta, que a aparente execução do refém britânico é outro exemplo da
"brutalidade" do EI.

A assessora do presidente Barack Obama na luta contra o terrorismo, Lisa Monaco, disse que Washington ainda está confirmando a autenticidade da gravação e que essa brutalidade "é o motivo pelo qual o presidente colocou em marcha uma estratégia para enfraquecer e destruir o EI".

Alan Henning tinha 47 anos e havia sido sequestrado há dez meses. Ele trabalhava como motorista voluntário em
um comboio de ajuda na Síria para uma organização muçulmana de assistência.

Henning é o quarto refém executado pelos jihadistas do EI na Síria, depois dos jornalistas americanos James
Foley e Steven Sotloff (vídeos divulgados em 19 de agosto e 2 de setembro, respectivamente) e do trabalhador
humanitário britânico David Haines

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