Estado Islâmico destrói torres funerárias em Palmira

Estado Islâmico destrói torres funerárias em Palmira

Monumentos destruídos eram um símbolo do desenvolvimento econômico da cidade durante os primeiros séculos depois de Cristo

AFP

Estado Islâmico destrói torres funerárias em Palmira

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O grupo extremista Estado Islâmico explodiu pelo menos três das famosas torres funerárias de Palmira, no chamado Vale dos Túmulos, no deserto sírio, anunciou nesta sexta-feira o diretor de Antiguidades e Museus do Ministério da Cultura sírio, Maamun Abdulkarim. "Eles exploraram três das torres funerárias, aquelas que estavam mais bem conservadas, as mais belas", disse Abdulkarim, depois de a organização ter destruído, nas duas últimas semanas, dois dos mais
importantes templos de Palmira.

"Recebemos informações há dez dias, mas só agora conseguimos confirmá-las por meio de imagens por satélite da Syrian Heritage Initiative, um instituto com sede nos Estados Unidos. As imagens foram obtidas nessa quarta-feira",  informou o diretor.

Para Abdulkarim, os monumentos destruídos são os túmulos de Elahbel, Jamblique e Khitôt, construídos por famílias da antiga Palmira e que eram um símbolo do desenvolvimento econômico da cidade durante os primeiros séculos depois de Cristo. "Palmira é conhecida pelas torres funerárias, que são características da arquitetura da cidade", lembrou.

O Estado Islâmico, que aproveitou a guerra civil para ocupar grandes áreas da Síria, derrotou as forças governamentais e conquistou Palmira, que fica a 205 quilômetros a leste de Damasco.

Em 23 de agosto, os jihadistas destruíram com explosivos o templo de Baal-shamin em Palmira. Alguns dias antes, executaram o ex-responsável pelo património da cidade Khaled Al Assaad, de 82 anos.

Nesse domingo, a organização destruiu o templo de Bel, "o mais belo símbolo de toda a Síria", de acordo com Abdulkarim. A "pérola do deserto", como é chamada a cidade com mais de 2 mil anos, tem importância estratégica para o grupo radical.

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