Estado Islâmico reivindica ataque contra guarda presidencial na Tunísia
Atentado contra ônibus foi cometido com dez quilos de explosivos
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O atentado contra o ônibus da guarda presidencial foi cometido com dez quilos de explosivo, escondidos em uma mochila ou um cinturão, anunciou, nesta quarta-feira, o ministério do Interior, que não especifica se teria sido realizado por um homem-bomba.
O Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo chefe de Estado Béji Caid Essebsi, iniciou uma reunião com o intuito de "adotar as decisões necessárias para lidar com esta situação". Em um breve discurso, Essebsi anunciou, na noite de terça-feira, o restabelecimento do estado de emergência, decretado pela última vez há menos de dois meses, assim como um toque de recolher para o aglomerado de Tunes desde as 21h até 5h da manhã.
Na manhã desta quarta-feira, o tráfico foi retomado na avenida, mas o lugar do atentado continuou isolado e os especialistas ainda trabalhavam ao redor do ônibus, segundo constatou a AFP. Por trás das barricadas, onde foram depositados ramos de flores, dezenas de cidadãos, segurando bandeiras tunisianas, manifestavam seu apoio às forças de segurança. Tunes enfrenta desde sua revolução, que provocou a queda do regime de Zine el Abidine Ben Ali em janeiro de 2011, o fortalecimento da influência jihadista, responsável pela morte de dezenas de policiais e militares.
Outros ataques do EI
O grupo Estado Islâmico também reivindicou, este ano, dois atentados que causaram 60 mortes, incluindo 59 turistas estrangeiros, na cidade de Sousse em junho e no Museu do Bardo, na capital, em março. Diante deste novo golpe, a imprensa pediu, nesta quarta-feira, pela união nacional e resistência, assim como por "uma nova filosofia" e pela adoção de "medidas especiais" contra o terrorismo.