Estados Unidos não querem espionar pessoas comuns, diz Obama

Estados Unidos não querem espionar pessoas comuns, diz Obama

Presidente pediu revisão e transparência dos programas de vigilância

AFP

Obama pede revisão e transparência dos programas de vigilância

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O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu nesta sexta-feira uma revisão dos programas de vigilância do governo e admitiu crescentes preocupações com a privacidade dos cidadãos. Obama disse que pedirá ao Congresso para rever a polêmica seção da "Patriot Act" que permite a coleta de registros telefônicos e afirmou que quer mais transparência no setor. "Todos esses passos foram planejados para garantir que o povo americano possa confiar em que nossos esforços estejam alinhados com nossos interesses e valores", disse Obama, na entrevista coletiva. "E, para os outros em todo o mundo, quero deixar claro, mais uma vez, que os Estados Unidos não estão interessados em espionar as pessoas comuns", completou.

O presidente disse que pedirá ao Congresso para reformar a Seção 215 da "Patriot Act" (Lei Patriótica, em tradução livre), aprovada após os ataques de 11 de Setembro. A legislação dá ao governo acesso aos registros telefônicos e outras comunicações dos cidadãos americanos. Ele também fez um apelo pelo início do debate nos tribunais que autorizam a vigilância. Agora, essas cortes atendem apenas aos pedidos do governo, sem ouvir contra-argumentos, como acontece em outras instâncias do Poder Judiciário americano.

Obama disse ainda que o governo pretende "desclassificar" documentos sobre a vigilância e que nomeará um corpo de especialistas independente para garantir o equilíbrio entre segurança e privacidade. A polêmica sobre o tema aumentou nos Estados Unidos desde o vazamento sobre os programas de vigilância das comunicações eletrônicas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) feito pelo ex-consultor de inteligência Edward Snowden.

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