Estados Unidos reconhecem soberania de Israel sobre Colinas de Golã

Estados Unidos reconhecem soberania de Israel sobre Colinas de Golã

Trump assinou documento ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

Correio do Povo e AFP

"Isso estava em curso há muito tempo", afirmou Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump reconheceu oficialmente nesta segunda-feira a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã. "Isso estava em curso há muito tempo", afirmou, ao lado do premiê Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. O reconhecimento, por parte dos EUA, do controle sobre este território rompe décadas de consenso internacional de que o local estava "ocupado". Israel tomou a área da Síria nos estágios finais da Guerra dos Seis Dias de 1967, fazendo com que a maioria dos habitantes árabes sírios fugisse da área durante o conflito.

Uma linha de armistício foi estabelecida e a região ficou sob controle militar. A Síria tentou retomar as colinas durante a guerra de 1973, mas a ofensiva foi frustrada. Ambos os países assinaram um armistício em 1974 e uma força de observação da ONU está em vigor na linha de cessar-fogo desde então. Israel unilateralmente anexou as Colinas de Golã em 1981, mas a mudança não havia sido reconhecida internacionalmente até agora.

A área corresponde a uma planície elevada, cerca de 100 a 200 metros, a leste e ao norte do mar da Galiléia. Quem controla o local tem uma grande vantagem estratégica. Também é uma terra fértil para cultivar uvas e maçã, e é importante para a nação drusa, que tradicionalmente compõe quase toda a população civil de lá. Potencialmente, poderia fazer parte de um pequeno Estado, se a região alcançasse algum grau de estabilidade que permitisse a sobrevivência desse enclave.

O Ministério das Relações Exteriores da Síria chamou a decisão de reconhecer a soberania israelense sobre Golã como um "ataque gritante à soberania e integridade territorial" da Síria, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal SANA. No início deste mês, um alto funcionário da administração dos EUA disse a repórteres em Washington que não havia "nenhuma mudança nas perspectivas (dos EUA) ou em nossa política vis-à-vis desses territórios e na necessidade de um acordo negociado". Ele estava respondendo a perguntas sobre por que os EUA mudaram sua descrição das Colinas de Golã em seu último relatório anual de direitos humanos, no qual a área era referida como "controlada por israelenses", e não "ocupada por israelenses".


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