Estratégia mundial para salvar 50 milhões de vidas com vacinas antes de 2030

Estratégia mundial para salvar 50 milhões de vidas com vacinas antes de 2030

Devido a lacunas na cobertura vacinal, organizações internacionais temem surgimento de outras epidemias, como a de sarampo

AFP

Devido a lacunas na cobertura vacinal, organizações internacionais temem surgimento de outras epidemias, como a de sarampo

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Salvar 50 milhões de vidas até 2030 por meio do reforço das campanhas de vacinação contra doenças como a rubéola é a meta que a OMS e seus parceiros estabeleceram, à medida que a pandemia de coronavírus reduz a cobertura vacinal. O lançamento desta estratégia global de vacinação ocorre quando, mais de um ano após o início da pandemia de Covid-19, persistem perturbações significativas nos serviços de saúde em 90% dos países, segundo pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Milhões de crianças em todo o mundo correm o risco de não receber vacinas de base, já que a pandemia atual ameaça destruir duas décadas de progressos na imunização de rotina", declarou o diretor executivo da Gavi (Vaccine Alliance), o Dr. Seth Berkley, em um comunicado.

Âncora

A magnitude das perturbações, no entanto, diminuiu. Em 2020, em média, cerca de metade dos serviços foram perturbados, enquanto nos primeiros três meses de 2021 apenas pouco mais de um terço sofreu.

A nova estratégia global de imunização, lançada por ocasião da Semana Mundial de Vacinação 2021, visa prevenir 50 milhões de mortes no mundo, das quais 75% em países pobres, reforçando a inoculação ao longo da vida.

Doenças infantis

O programa visa atingir 90% de cobertura até 2030 para as vacinas essenciais administradas na infância e adolescência e reduzir pela metade, no mesmo período, o número de crianças totalmente privadas de proteção vacinal. Também visa introduzir ou reintroduzir em alguns países vacinas contra a Covid-19, o rotavírus ou o papilomavírus humano.

"Para nos recuperarmos adequadamente da Covid-19 e lutar contra futuras pandemias, devemos garantir que a vacinação de rotina seja uma prioridade e nos esforçar para chegar às crianças que não recebem nenhuma vacina de rotina", ressaltou o diretor da Gavi.

"Para isso, devemos trabalhar juntos - agências de desenvolvimento, governos e sociedade civil - para garantir que nenhuma criança seja esquecida", insistiu.

O abastecimento é essencial, mas devido às perturbações relacionadas à pandemia, o Uunicef só conseguiu entregar pouco mais de 2 bilhões de doses de vacinas em 2020, contra 2,29 bilhões em 2019.


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