Estudo confirma 2º caso de ataque de tubarão a banhista em Ubatuba

Estudo confirma 2º caso de ataque de tubarão a banhista em Ubatuba

Idosa de 79 anos foi vítima na praia central da cidade, no Litoral Norte de São Paulo

AE

Caso ocorreu no litoral norte de São Paulo

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Estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) confirmou como sendo de tubarão o ataque sofrido por uma mulher de 79 anos, na segunda, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Ela estava na Praia Central quando foi ferida. Foi o segundo ataque em praias da cidade em menos de um mês. Em 3 de novembro, um turista francês foi mordido por um tubarão na Praia do Lamberto.

Pesquisador da Unesp e especialista em tubarões, Otto Bismark examinou fotos do ferimento da idosa e vídeos da praia em que ela nadava. Segundo ele, as lesões podem ter sido produzidas pelo tubarão-tigre ou o cabeça-chata, espécies de porte médio.

Embora o tubarão-tigre possa chegar a 6 metros de comprimento e o cabeça-chata atinja até 3,5 m, o peixe que atacou a idosa é menor, podendo medir cerca de 1 metro ou pouco mais. As duas espécies são comuns no litoral paulista e se alimentam de sardinhas e até de peixes maiores. Os laudos médicos e imagens mostraram que a idosa teve um corte de cerca de 25 centímetros na perna. Ela passava o feriado da Proclamação da República na cidade e voltou para o interior de Minas Gerais, onde reside.

Segundo o estudo, o tubarão-tigre ou o cabeça-chata são "formidáveis predadores costeiros quando adultos". O documento revela que a mordida expôs a musculatura da panturrilha da vítima, além de lesionar vasos. Houve cinco perfurações compatíveis com dentes grandes e largos e com bordas serrilhadas. Ele acrescenta que a mordida não teve grande pressão, como se o animal não tivesse se interessado pela presa.

Cuidados

Diante dos dois ataques confirmados de tubarões em Ubatuba, o Instituto Argonauta emitiu nota recomendando cuidados no mar da cidade: os banhistas devem ficar sempre em grupo; não devem se afastar muito da praia, ultrapassando o ponto onde dá pé; evitar nadar de manhã cedo e ao fim da tarde, não entrar na água se estiver sangrando; não usar joias brilhantes no mar; não bater constantemente na água e não banhar-se com pequenos animais, como cães. O instituto ainda recomenda não nadar em meio a cardumes de peixes ou próximo a pontos de pesca, além de evitar a água quando estiver muito turva.


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