Estudo da The Economist aponta declínio na democracia mundial e do Brasil
País é considerado "democracia com falhas" e baixou de 7.38 pontos para 6.86 desde 2014
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O ápice brasileiro na pesquisa ocorreu em 2014, com uma pontuação de 7.38 para um máximo de 10. Em 2017, após o impeachment de Dilma Rousseff e no segundo ano do governo Temer, atingiu 6.86, com quedas também em 2015 e 2016. Por conta disso, baixou de um patamar mais próximo de democracia completa para o nível já perto do "regime híbrido"
Na América Latina, o Uruguai é o único país classificado como democracia completa. Bolívia é considerada regime híbrido, enquanto a Venezuela caiu para a classificação de governo autoritário em 2017.
Mas a "crise da democracia", na avaliação da revista, inclui também potências, entre elas os Estados Unidos. Os norte-americanos caíram da faixa de democracia completa para democracia com falhas, com uma avaliação de 7.98. Referência por muitos anos, o Japão também perdeu o título de democracia completa, com 7.88, assim como a Coreia do Sul, com 8.00.
Canadá, Suécia, Noruega, Islândia, Irlanda e Austrália são as nações com democracia plena em seu maior índice. A lanterna do ranking é a Coreia do Norte, com apenas 1.08, seguida de Síria, Chad, República Centro-Africana e Turcomenistão, todas com menos de dois pontos.
A análise levou em conta processo eleitoral e pluralismo de candidatos, funcionamento do governo, participação política, cultura política e democrática e liberdades civis no ranqueamento.