EUA aumentará pessoal militar de treinamento em Taiwan, diz WSJ

EUA aumentará pessoal militar de treinamento em Taiwan, diz WSJ

Implantação de entre 100 e 200 soldados americanos na ilha será realizada nos próximos meses

AFP

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Os Estados Unidos planejam aumentar, significativamente, a quantidade de pessoal militar americano estacionado em Taiwan para ajudar a treinar as forças locais. A informação foi publicada pelo The Wall Street Journal nesta quinta-feira (23).

A implantação de entre 100 e 200 soldados americanos na ilha será realizada nos próximos meses. Trata-se de um aumento importante em relação aos cerca de 30 hoje nesse território, detalhou o jornal, citando autoridades americanas sem identificá-las.

O WSJ informou ainda que as tropas treinarão as forças de Taiwan em manobras militares, assim como nos sistemas de armas americanos.

Pequim afirma que a ilha é parte de seu território e que vai recuperá-la algum dia. Além disso, aumentou a pressão militar, diplomática e econômica durante o mandato da presidente Tsai ing-wen.

Esta semana, depois de uma reunião com congressistas americanos em Taipei, Tsai anunciou que a ilha fortalecerá seus laços militares com os Estados Unidos para conter o "expansionismo autoritário".

"No futuro, Taiwan vai cooperar ainda mais ativamente com os Estados Unidos e com outros parceiros democratas para enfrentar desafios globais, como o expansionismo autoritário e a mudança climática", disse ela na terça-feira, sem dar detalhes.

No mesmo dia, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, acusou os líderes de Taiwan de "provocação" e advertiu que "qualquer conspiração ou plano separatista fútil que dependa de forças estrangeiras (...) será contraproducente e nunca será bem-sucedido".

As tensões entre Estados Unidos e China aumentaram após a destruição, por parte do Exército americano, de um balão chinês no início de fevereiro.

Segundo Washington, o dispositivo abatido em seu território era usado para espionagem. De acordo com Pequim, tratava-se de um artefato civil para fins científicos.

Washington reconhece Pequim diplomaticamente, mas também é o benfeitor internacional mais importante da ilha autônoma e apoia o direito de Taipei de decidir seu futuro.


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