EUA confirmam uso de armas químicas na Síria
Obama exigirá "que se prestem contas" sobre o ataque, disse secretário
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Em declarações transmitidas pela televisão, Kerry foi enfático: "O que vimos na Síria na semana passada deveria atingir a consciência do mundo". "Deixe-me ser claro. O massacre indiscriminado de civis, a matança de crianças e mulheres e de observadores inocentes por armas químicas é uma obscenidade moral", completou. "É indesculpável dentro de qualquer padrão e, apesar das desculpas e dos equívocos que alguns produziram, é inegável", insistiu Kerry.
O governo de Assad negou que tenha cometido um ataque de armas químicas contra uma comunidade civil, perto de Damasco, na última semana, e no qual centenas de pessoas teriam morrido. Já Kerry declarou que relatos independentes de atrocidade são confiáveis e que os Estados Unidos devem apresentar provas em breve. "Além disso, sabemos que o regime sírio mantém essas armas químicas sob custódia. Sabemos que o regime sírio tem capacidade para fazer isso com seus foguetes", insistiu. "Sabemos que o regime está determinado a acabar com a oposição exatamente desses lugares onde os ataques aconteceram. E, com nossos próprios olhos, todos nós viramos testemunhas. Temos informações adicionais sobre esse ataque, e essa informação está sendo reunida e revisada junto com nossos parceiros, e vamos fornecer essas informações nos próximos dias", completou o secretário.
"Nosso sentido de humanidade básico é ofendido não apenas por esse crime covarde, mas também pela tentativa cínica de acobertá-lo", declarou. Kerry alertou que os ataques químicos terão consequências. Notícias da imprensa americana apontam nesse sentido, afirmando que os Estados Unidos e as forças aliadas se preparam para lançar ataques de mísseis de cruzeiro contra o regime sírio.
"Não se enganem. O presidente Obama acredita que aqueles que usarem as armas mais hediondas contra os povos mais vulneráveis do mundo devem prestar contas. Nada hoje é mais sério do que isso, e nada está recebendo uma atenção mais séria do que isso".