EUA envia mais de mil militares à fronteira com México
Objetivo da ação é fortalecer o combate ao tráfico de drogas e a imigração ilegal
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O organismo anunciou nesta terça-feira que ativaria 300 soldados da reserva esta semana e em cada uma das semanas seguintes, para um total que superaria mil militares. O governo americano tomou a decisão de enviar a Guarda Nacional, uma força da reserva que depende dos estados, após identificar "vulnerabilidade de segurança" na fronteira com o México. "O número de pessoas chegando pela fronteira aumentou em mais de 200% com relação a este período no ano passado", disse o governador do Texas, Gregg Abbott, em comunicado.
"A ida da Guarda Nacional à fronteira provou ter um impacto significativo para reduzir o fluxo de pessoas e atividades ilegais" nessa área, acrescentou. Cerca de 100 efetivos do Texas já estavam na fronteira anteriormente a pedido de Trump em funções de "observação e apoio", segundo funcionários. Os membros adicionais ajudarão os agentes da Patrulha Fronteiriça em vigilância, comunicação e outras tarefas.
O secretário de Defesa, Jim Mattis, assinou uma ordem na semana passada para mobilizar "até 4.000 efetivos da Guarda Nacional" à fronteira sul até 30 de setembro de 2018. Trump disse que as tropas da Guarda Nacional "provavelmente" permanecerão nessa atividade até que o país construa um muro na fronteira. O Arizona também atendeu o pedido presidencial, mobilizando na segunda-feira 225 efetivos da divisão estadual da Guarda.
A mobilização militar elevou as tensões com o México, que na segunda anunciou que revisaria seus mecanismos de cooperação com seu vizinho do norte. A Guarda Nacional foi enviada anteriormente à fronteira com o México em três oportunidades: em 2006 e 2008 com o presidente George W. Bush, e em 2010 com Barack Obama. Nesses três casos, a mobilização se manteve por aproximadamente um ano.