EUA enviam três aviões militares ao Egito com ajuda para Gaza

EUA enviam três aviões militares ao Egito com ajuda para Gaza

Hamas e governo de Israel permanecem com trégua

AFP

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O governo dos Estados Unidos enviará três aviões militares ao Egito a partir desta terça-feira (28) para fornecer ajuda humanitária aos civis de Gaza durante a trégua nos combates decretada entre Israel e Hamas, informaram funcionários de alto escalão da Casa Branca.

Estes serão os primeiros voos das Forças Armadas americanas com alimentos, artigos médicos e equipamentos de inverno desde o início do conflito, após os ataques de 7 de outubro do grupo islamista palestino Hamas contra Israel.

Os voos começam um dia após o presidente Joe Biden afirmar que pretendia aproveitar a prorrogação da trégua para enviar mais ajuda a Gaza. "Estamos muito felizes em anunciar que o primeiro de três voos chegará nesta terça-feira ao norte do Sinai, no Egito", afirmou uma fonte.

"Os voos levarão uma série de produtos - médicos, ajuda alimentar, itens de inverno, pois o inverno está chegando em Gaza - para a população civil", acrescentou. A ONU transportará a ajuda da região egípcia do norte do Sinai, fronteiriça com a Faixa de Gaza governada pelo Hamas, para o território palestino.

Outras duas remessas chegarão nos próximos dias, segundo as fontes do governo americano. O Catar, que atua como mediador, anunciou na segunda-feira a prorrogação de trégua inicial de quatro dias por mais 48 horas, o que significa que o Hamas pode libertar mais reféns sequestrados durante o ataque a Israel.

Nos primeiros quatro dias de trégua, 800 caminhões de ajuda entraram no sul de Gaza procedentes do Egito e alguns também seguiram para o norte do território, segundo fontes americanas. "O movimento de ajuda nos últimos quatro ou cinco dias foi tão significativo em volume que agora precisa de um reforço. E estes aviões integram o reforço", declarou outra fonte.

Washington deslocou dois porta-aviões para a região com o objetivo de dissuadir o Irã e seus aliados e também transportou ajuda militar para Israel, um aliado fundamental, mas até agora não havia utilizado recursos militares para entregar ajuda humanitária.

Biden expressou apoio veemente a Israel, mas também pediu a redução do número de vítimas civis no conflito. Na segunda-feira, a Casa Branca afirmou que Israel tem a intenção de prosseguir com a guerra contra o Hamas após a trégua.

De acordo com as fontes do governo, Biden advertiu que Israel não deve provocar deslocamentos em larga escala no sul de Gaza, como fez na parte norte do território. No dia 7 de outubro, o Hamas executou o ataque mais violento da história de Israel: 1.200 pessoas foram assassinadas, a maioria civis, e 240 foram sequestradas, segundo as autoridades israelenses.

Em resposta, Israel bombardeou sem trégua e iniciou uma ofensiva terrestre em Gaza que, segundo o governo do Hamas, matou quase 15.000 pessoas, incluindo milhares de menores de idade.

 


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