EUA nomeiam emissário para facilitar eleições "livres" no Haiti

EUA nomeiam emissário para facilitar eleições "livres" no Haiti

Ex-chefe adjunto da embaixada de Washington em Porto Príncipe liderará "os esforços do governo para apoiar o povo haitiano e as instituições democráticas" do país caribenho

AFP

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Os Estados Unidos nomearam nesta quinta-feira o diplomata Daniel Foote como emissário para o Haiti, que terá a tarefa de "facilitar a paz e a estabilidade" e realizar eleições "livres e justas" após o assassinato do presidente Jovenel Moïse. O ex-chefe adjunto da embaixada de Washington em Porto Príncipe liderará "os esforços do governo para apoiar o povo haitiano e as instituições democráticas" do país caribenho após o assassinato, disse o Departamento de Estado em um comunicado.

Foote terá a tarefa de "dialogar com parceiros haitianos e internacionais para facilitar a paz e estabilidade a longo prazo, assim como apoiar os esforços para realizar eleições presidenciais e legislativas livres e justas", acrescentou o texto.

Ariel Henry, primeiro-ministro nomeado pelo presidente pouco antes de sua morte, assumiu o cargo na terça-feira prometendo restaurar a ordem e convocar eleições conforme exigido pela comunidade internacional. Ele prevaleceu em um impulso interno para chefiar o governo haitiano, sob pressão de vários países, incluindo Estados Unidos e França, além da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da ONU.

A França elogiou na quinta-feira a formação do governo de transição e encorajou um "diálogo inclusivo" para sair da crise política. "A França reitera a importância de que eleições legislativas e presidenciais confiáveis sejam realizadas assim que tenha condições", disse o Ministério das Relações Exteriores da França.

"Dessa perspectiva, incentiva todos os atores políticos haitianos a se engajarem em um diálogo inclusivo para uma solução pacífica para a crise", acrescentou. Também destaca a formação de um governo de transição liderado por Henry, que considera ser "uma etapa necessária para restaurar o funcionamento democrático das instituições haitianas".

Moïse foi assassinado por um comando em 7 de julho, aumentando ainda mais a crise no Haiti, já dominado pela violência, pobreza e corrupção. Pelo menos dois americanos de origem haitiana foram presos pela polícia do país caribenho, acusados de terem participado do assassinato, além de um misterioso "médico" haitiano residente na Flórida. No entanto, o presidente Joe Biden descartou qualquer envio de tropas, apesar de um pedido do governo haitiano, para ajudar a manter a ordem no país.


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