EUA se opõe à "reocupação" de Gaza por Israel

EUA se opõe à "reocupação" de Gaza por Israel

"Gaza é território palestino e continuará sendo território palestino", disse porta-voz do Departamento de Estado

AFP

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Os Estados Unidos disseram nesta terça-feira (7) que se opõem a uma nova ocupação da Faixa de Gaza por Israel, após o premiê israelense garantir que assumiria "a responsabilidade global da segurança" no território depois da guerra contra o movimento islamista palestino Hamas.

"Na nossa opinião, os palestinos devem estar à frente destas decisões. Gaza é território palestino e continuará sendo território palestino", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel. "De modo geral, não apoiamos a reocupação de Gaza, e Israel também não", afirmou.

Em 2005, Israel retirou-se da Faixa de Gaza, que foi tomada na Guerra dos Seis Dias de 1967 e ocupada na sequência. Posteriormente, impôs um bloqueio ao território com a vitória do Hamas nas eleições de 2006. Patel também assinalou que os Estados Unidos estão de acordo que "não se pode voltar ao status quo de 6 de outubro", referindo-se ao dia anterior ao violento ataque do Hamas contra Israel.

"Israel e região devem estar seguros. E Gaza não deve e não pode ser uma base para o lançamento ataques terroristas contra o povo de Israel ou qualquer outro", assinalou.

Em uma entrevista ao canal americano ABC News na segunda-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel assumiria a "segurança global" em Gaza, "por um período indefinido", ao término de suas operações, que hoje entram em seu segundo mês.

O conflito eclodiu com intensidade depois que combatentes do Hamas se infiltraram em Israel no dia 7 de outubro, matando cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, entre os quais havia muitos jovens que frequentavam um festival de música eletrônica. Na sequência, Israel lançou em represália uma série de bombardeios incessantes e incursões terrestres na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, 10.300 pessoas morreram, entre elas mais de 4.000 crianças.


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