EUA voltam a atacar alvos no Iraque com drones e aviões

EUA voltam a atacar alvos no Iraque com drones e aviões

A Casa Branca não estipulou um limite de tempo para os ataques aéreos

AFP

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As forças americanas fizeram nesta sexta-feira novos ataques aéreos contra o Estado Islâmico no norte do Iraque, que permitiram "eliminar terroristas", indicou o Pentágono.

Por volta das 10h de Washington (11h de Brasília), um ataque realizado com um drone "eliminou terroristas" que estavam com um morteiro.

Depois, às 11h20min (12h20min de Brasília), quatro caças dispararam oito bombas que neutralizaram um comboio e um morteiro perto de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, explicou o porta-voz do Departamento de Defesa, contra-almirante John Kirby.

Algumas horas antes, dois caças bombardearam uma peça de artilharia móvel do Estado Islâmico (EI), usada no ataque a forças curdas em Erbil e com que ameaçavam americanos na região.

Esta é a primeira vez que os Estados Unidos se envolvem no Iraque desde que retiraram suas tropas em 2011.
O presidente Barack Obama autorizou estas incursões na noite de quinta-feira para evitar "um genocídio" e impedir o avanço dos extremistas sunitas que ameaçam as minorias cristãs e yazidis e o Curdistão iraquiano.

A Casa Branca não estipulou um limite de tempo para os ataques aéreos, apesar dos temores de Washington mergulhar novamente em um conflito no país árabe.

"O presidente não fixou uma data específica", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, aos jornalistas,
insistindo, no entanto, que "um conflito militar prolongado que inclua o envolvimento americano não está em discussão".

Já o Departamento de Estado indicou que Obama, contrário à polêmica invasão do Iraque em 2003, tem base legal firme para os ataques, já que os líderes religiosos e políticos de Bagdá, incluindo o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, apoiaram a operação.

"O governo iraquiano e os líderes iraquianos (...) fizeram uma solicitação e, com isso, nos pediram esta assistência. Esse é o princípio que se aplica lá", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, a jornalistas.

A líder do Partido Democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, disse que havia apoiado a recente operação como um caminho "para evitar um massacre do povo yazidi e de outras minorias religiosas no Iraque".
Obama vai sair de férias no sábado. Ele vai viajar para uma pequena ilha em Massachusetts (nordeste), anunciou a Casa Branca.

Perguntado sobre uma eventual mudança no programa devido aos bombardeios no Iraque o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, explicou que não é necessário neste momento.

O presidente estará com equipamentos de comunicação sofisticados e acompanhado de seus conselheiros de segurança nacional, o que permite a ele "tomar decisões próprias de um comandante-em-chefe das Forças Armadas", ressaltou.

"Se for necessário, voltará à Casa Branca. O voo de Martha's Vineyard para Washington não é muito longo", acrescentou. Bookmark and Share

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