Europa apaga as luzes durante a "Hora do Planeta"

Europa apaga as luzes durante a "Hora do Planeta"

Torre Eiffel, em Paris, e Fonte Trevi, em Roma, foram alguns dos lugares que ficaram às escuras

AE

Na Bulgária, houve quem se aventurasse durante a Hora do Planeta

publicidade

Os principais monumentos europeus - da Torre Eiffel, em Paris, ao londrino Big Ben e o Coliseu romano - apagaram as luzes por uma hora neste sábado, seguindo outros países que adotaram a campanha "Hora do Planeta", numa tentativa de chamar a atenção das autoridades mundiais para a necessidade de redução da emissão de gases do efeito estufa.

Milhares de pessoas apagaram as luzes por uma hora, às 20h30min no horário local destes países, para que os governos do mundo firmem um pacto de redução das emissões de gases de efeito estufa. Este é o quarto ano que a World Wildlife Fund (WWF) realiza a campanha. À medida que as horas passam, as luzes de arranha-céus e monumentos históricos são desligadas em várias partes do mundo, de um shopping em Manila, nas Filipinas, ao Portão de Brandenburg, em Berlim, na Alemanha.

Na Europa, a Torre de Pisa, na Itália, e o Arco do Triunfo, na França, são alguns dos prédios que permaneceram no escuro. Em Amsterdã, na Holanda, a maior parte dos prédios da cidade tiveram suas luzes apagadas, incluindo o aeroporto de Schipol.

O Palácio de Buckingham e o Parlamento Britânico também ficaram no escuro em apoio à campanha. Outros prédios que tiveram suas luzes apagadas foram pontos históricos da Inglaterra, como a Catedral St. Paul e o teatro Royal Albert Hall, e o Castelo de Edimburgo, na Escócia. "Estamos dizendo aos nossos políticos, que nós não podemos esquecer as mudanças climáticas", disse a porta-voz da WWF no Reino Unido, Debbie Chapman.

Em Roma, as luzes foram apagadas na Fonte de Trevi, um marco histórico do século 18, onde muitos turistas jogam moedas na esperança de voltar à cidade, e que foi imortalizada no filme "La Dolce Vita", de Federico Fellini.

Em Moscou, o prédio imponente da Universidade do Estado, que fica no alto de um morro, desapareceu na escuridão da cidade, onde muitas pessoas também adotaram a campanha. Representantes russos esperam que o país bata a marca do ano passado, quando mais de seis milhões de pessoas apagaram as luzes durante uma hora em 20 cidades. Neste ano, mais de 40 cidades participaram da campanha.

Há expectativa de que aproximadamente 4 mil cidades em mais de 120 países participem do movimento, apagando voluntariamente as luzes e reduzindo o consumo de energia às 20h30min, em horário local, de acordo com os organizadores. "Temos todo mundo participando, de Casablanca até os campos de safári na Namíbia e na Tanzânia", disse Greg Bourne, executivo-chefe do WWF. Em Taiwan, o palácio presidencial e pelo menos 20 arranha-céus - entre eles o segundo maior edifício do mundo - desligaram as luzes.

Os organizadores da Hora do Planeta disseram que não há uma maneira uniforme para medir quanta energia foi poupada em todo o mundo durante a campanha, mas ressaltaram que o simples fato de tantos lugares terem se comprometido a participar deve ser suficiente para demonstrar aos líderes mundiais que o aquecimento global é uma preocupação geral.

Anti-hora do planeta

Enquanto a WWF pede para as pessoas desligarem as luzes, o Competitive Enterprise Institute clama justamente pelo contrário às 20h30min. Com a celebração da “Hora da Realização Humana”, o instituto quer destacar as inovações e descobertas feitos pela humanidade para melhorar a qualidade de vida. Para isso, convida para as pessoas acendam luzes, vejam televisões, ouçam rádio etc.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895