Europa avalia modos de conter bactéria que já matou 14 na Alemanha
Espanha seria a origem de hortaliças que já contaminaram ao menos 352 pessoas
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O ministro da Agricultura da Dinamarca, Henk Bleker, avaliou como correta a recomendação das autoridades alemãs para que as pessoas evitem o consumo de vegetais crus, especialmente os provenientes do norte do país. Ao mesmo tempo, ele observou que essa decisão provocou uma drástica queda na demanda, de modo que as exportações de vegetais da Dinamarca para a Alemanha – que geralmente somam US$ 14,2 milhões por semana – tenham "praticamente zerado".
Embora a suspeita sobre os produtos da Espanha, Bleker admitiu que ainda não está claro onde o surto começou. A ministra espanhola Rosa Aguilar se prontificou a discutir a crise com representantes da Alemanha, segundo comunicado de seu escritório.
Enquanto aguarda resultados de análises, o comissário europeu de Agricultura, Dacian Ciolos, elogiou a eficiência dos alertas e do sistema de rastreamento que, segundo ele, permitiu uma rápida identificação do problema. Já a ministra finlandesa, Sirkka-Liisa Anttila, foi menos positiva. "A crise atual mostra que ainda há vácuos no sistema de verificação, porque um incidente como este nunca deveria ter acontecido", criticou.
Nesta segunda, mais duas pessoas foram confirmadas como vítimas de hemorragias provocadas pela bactéria. O Instituto Rupert Kock (RKI) confirma 352 pacientes infectados que apresentam problemas renais severos, conhecidos como Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), que é potencialmente mortal. "O número real é provavelmente muito mais alto", advertiu.
À espera dos resultados das análises que estão sendo realizadas, que, segundo a Espanha, só serão revelados na quarta-feira, a Bélgica proibiu nesta segunda a importação de pepinos espanhóis. A Rússia fez o mesmo com as verduras espanholas e alemãs e ameaçou estender a medida para toda a UE.