Exército da Nigéria liberta 234 mulheres e crianças reféns do Boko Haram

Exército da Nigéria liberta 234 mulheres e crianças reféns do Boko Haram

Segundo Anistia Internacional, cerca de 2 mil mulheres foram sequestradas desde 2014 pelos extremistas

AFP

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Autoridades da Nigéria libertaram 234 mulheres e crianças que estavam nas mãos do grupo jihadista Boko Haram na floresta de Sambisa, no norte do país, informou o exército local nesta sexta-feira. Os reféns foram resgatados um dia antes, nas localidades de Kawuri e de Konduga, depois do anúncio, nesta semana, da libertação de outras 500 pessoas mantidas em cativeiro pelos islamitas.

"Foram evacuados e levados aonde estão os outros para ser examinados", anunciou o exército, assegurando que os combates na selva continuam e que estes se concentram em resgatar civis e destruir acampamentos dos jihadistas.
Na quinta-feira, um comunicado das forças armadas anunciou a libertação de 160 mulheres e crianças sequestradas pelo Boko Haram nas matas de Sambisa, no nordeste da Nigéria. Na terça-feira, foram libertadas 200 jovens e 93 mulheres adultas, de acordo com as autoridades.

Segundo a Anistia Internacional (AI), cerca de 2.000 mulheres foram sequestradas desde 2014 pelos extremistas, que as submete a trabalhos forçados e à escravidão sexual. Ainda não foi esclarecido se as 219 meninas sequestradas em 14 de abril de 2014 na localidade de Chibok estariam entre os resgatados. Os militares afirmam que examinam os reféns para estabelecer suas identidades. O sequestro maciço em Chibok pressionou o governo de Goodluck Jonathan a aceitar ajuda internacional para a operação.

Jonathan recebeu fortes críticas de não ter realizado esforços suficientes para libertar as meninas e combater os jihadistas. Muitos analistas consideram que o avanço do Boko Haram foi uma das razões para o presidente perder as eleições de 28 de março, vencidas pelo general Mohamadu Buhari.

A insurreição islamita e sua repressão de parte das forças de segurança deixaram mais de quinze mil mortos na Nigéria desde 2009. Segundo as Nações Unidas, mais de 1,5 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nos últimos seis anos.

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