Ex-advogado de Trump diz que pagou por silêncio de amantes do presidente norte-americano
Michael Cohen se declarou culpado de fraudes e afirmou que presidente agiu para influenciar eleições
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Ao assumir sua culpa, o advogado disse ao juiz William Pauley que pagou, respectivamente, 130 mil e 150 mil dólares durante a campanha eleitoral de 2016 em troca do silêncio de duas mulheres que teriam se relacionado com o presidente, "a pedido do candidato e com a intenção de influenciar na eleição" presidencial. Cohen não identificou as mulheres, mas os valores foram pagos à atriz pornô Stormy Daniels, que assegura ter mantido um caso com Trump em 2006 e a ex-coelhinha da Playboy Karen McDougal, suposta amante do magnata em 2006 e 2007.
"Você sabia que tudo isto era errado e ilegal?", perguntou o juiz Pauley. "Sim", respondeu Cohen com a voz tremula. As declarações de Cohen dão a entender que Trump pode ter cometido um crime, e foram qualificadas de graves pelo próprio presidente. Cohen declarou certa vez que era tão leal a Trump que "receberia um tiro" por ele.
Mas isto parece ter mudado quando as autoridades começaram a cercá-lo e em julho disse que sua "lealdade" estava com a mulher, os filhos e o país.
O juiz Pauley pronunciará a sentença de Cohen no dia 12 de dezembro, e o advogado poderá receber até cinco anos de prisão por cada um dos crimes de sonegação fiscal, 30 anos por fraude bancária e cinco anos por cada delito de violação da lei de financiamento de campanha.
"Me sinto muito triste com isto", disse Trump à imprensa ao chegar ao estado da Virgínia Occidental para um comício, afirmando que tudo isto faz parte de uma "caça às bruxas" deflagrada após sua eleição.