Ex-diretor do FBI ataca Trump e pede que republicanos resistam

Ex-diretor do FBI ataca Trump e pede que republicanos resistam

James Comey foi demitido pelo presidente após liderar investigação das eleições de 2016

AFP

Enfrentamentos entre Comey e Trump se tornaram mais intensos nas últimas semanas

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James Comey, ex-diretor do FBI demitido em 2017 por Donald Trump, criticou na segunda-feira as "mentiras" do presidente dos Estados Unidos e pediu aos legisladores republicanos que resistam. "A reputação do FBI foi manchada porque o presidente dos Estados Unidos, com seus acólitos, mentiu sobre isso o tempo todo ... Diante dessas mentiras, muitos simpatizantes (...) acreditam neste absurdo", denunciou Comey a jornalistas nos corredores do Congresso.

"Aqueles que estão mais bem informados, incluindo os membros republicanos, devem ter a coragem de se erguer e dizer a verdade", acrescentou.

Comey respondeu a portas fechadas nesta segunda-feira às perguntas dos parlamentares sobre a investigação envolvendo os e-mails da candidata democrata Hillary Clinton durante a campanha de 2016, entre outros pontos. O alerta de um dos mais fortes críticos de Trump acontece após a publicação, nos últimos dias, de tuítes do presidente contra o FBI.

"O FBI fez algo absolutamente inimaginável e inédito antes do lançamento ilegal da caça às bruxas. ENTRARAM NO ESCRITÓRIO DE UM ADVOGADO", escreveu Trump no domingo, referindo-se à operação de busca e apreensão feita em abril nos escritórios de seu ex-advogado Michael Cohen.

Os duros enfrentamentos entre Comey e o 45º presidente dos Estados Unidos são frequentes, mas se tornaram mais intensos nas últimas semanas. Trump o dispensou abruptamente em maio de 2017, abrindo caminho para que o procurador especial Robert Mueller assumisse a investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016. "Antes, os republicanos entendiam que as ações de um presidente são importantes, que as palavras de um presidente, o estado de direito e a verdade são importantes, onde estão esses republicanos hoje?" - questionou Comey.

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