Ex-discípula de Charles Manson tem pedido de liberdade condicional negado pela 15ª vez nos EUA

Ex-discípula de Charles Manson tem pedido de liberdade condicional negado pela 15ª vez nos EUA

É a décima quinta vez que Patricia Krenwinkel tem sua solicitação de liberdade antecipada negada

AFP

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O governador da Califórnia, Gavin Newson, negou o pedido de liberdade condicional de Patricia Krenwinkel, ex-discípula de Charles Manson, de quem foi cúmplice em vários assassinatos, incluindo o da atriz Sharon Tate. É a décima quinta vez que ela tem sua solicitação de liberdade antecipada negada.

"A Sra. Krenwinkel aderiu plenamente as ideologias racistas e apocalípticas do Sr. Manson", disse o Newsom na última sexta-feira (14).

O conselho de liberdade condicional da Califórnia decidiu em maio de 2022 que Krenwinkel poderia ser libertada, desde que o estado não vetasse.

"Krenwinkel não foi apenas uma vítima do abuso de Manson. Ela também contribuiu significativamente para a violência e a tragédia, que se tornaram uma marca registrada da família Manson", disse Newsom.

Morto na prisão em 2017, Charles Manson é um dos criminosos americanos mais notórios. Em 1971, foi condenado à pena de morte, sentença posteriormente comutada para prisão perpétua, junto com quatro de seus seguidores pelo sangrento massacre de agosto de 1969, no qual sete pessoas morreram.

Entre as vítimas desse massacre estava Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski, então grávida de oito meses e meio.

O "guru" psicopata que na década de 1960 formou uma comunidade no deserto da Califórnia, conhecida como a Família Manson, considerava-se a reencarnação de Cristo.

Apresentado durante seu julgamento como um louco solitário com impressionantes poderes de persuasão, Manson ordenou que seus seguidores matassem aleatoriamente habitantes de bairros brancos e elegantes de Los Angeles, na esperança de iniciar uma guerra racial - na qual ele achava os brancos sairiam vitoriosos.

Cinquenta anos depois, os assassinatos perpetrados pela "família" Manson continuam vivos na memória dos Estados Unidos e provocam um fascínio mórbido, alimentado por livros, músicas, passeios turísticos pelos locais dos crimes, sites e filmes.


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