Ex-presidente argentina Cristina Kirchner é acusada de associação ilícita
Juiz ordenou congelamento de bens de 10 bilhões de pesos
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O caso de Kirchner se soma ao de outros líderes de centro-esquerda da região, como Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A ex-mandatária argentina havia apresentado recentemente um documento a Ercolini para pedir a anulação do processo e ressaltar que se trata de "uma manobra formidável de perseguição política" e "um enorme disparate".
Em 11 de novembro, uma corte de apelações tinha confirmado a acusação a Cristina Kirchner em outro caso pelo suposto prejuízo ao Estado com operações cambiais do Banco Central. O tribunal convalidou nesta causa um embargo no valor de 1 milhão de dólares.
Kirchner (2007-2015) é acusada de ter outorgado obras de infraestrutura em favor do empresário Lázaro Báez na província de Santa Cruz (Patagônia, sul). Ercolini também processou Báez e o ex-ministro de Planejamento Julio de Vido. Báez está detido desde abril. "Não sou amiga, nem sócia comercial de Báez", declarou Cristina Kirchner em 31 de outubro ao sair do tribunal.
Ela afirma que o governo de Mauricio Macri influencia um grupo de juízes para acusá-la e distrair a atenção da sociedade dos graves problemas sociais e econômicos, entre eles uma recessão, com uma queda de 2,4% do PIB ao longo deste ano, segundo o instituto oficial Indec.