Explosão de caminhão-tanque deixa 150 pessoas mortas no Sudão do Sul
Vítimas tentavam recuperar combustível em localidade próximo a Juba
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O primeiro balanço anunciado nas horas posteriores à catástrofe mencionava 85 mortos e mais de 100 feridos, mas o funcionário do governo local John Ezkia afirmou à imprensa que muitos feridos não resistiram às queimaduras e o número de mortos subiu para pelo menos 150. O secretário do governo local de Maridi, John Saki, afirmou ao jornal Gurtong que o balanço pode chegar a 176 mortos.
Falta de material dificulta atendimento
Os médicos descreveram a dificuldade para tratar os ferimentos graves por conta da falta de material, incluindo uma escassez de analgésicos. Saki disse que quase mil pessoas correram em direção ao caminhão-tanque para recuperar o combustível após um acidente, muitas delas procedentes de uma escola.
"Então aconteceu uma primeira explosão que deixou 55 mortos em um primeiro momento. Agora o número chegou a 176 pessoas e muitas continuam em condições críticas no hospital de Maridi", declarou Saki. Os vazamentos de combustível e os acidentes de caminhões-tanque geralmente atraem multidões com o objetivo de recuperar um pouco do material, o que muitas vezes provoca mortes.
O Sudão do Sul vive uma crise econômica agravada por mais de 21 meses de guerra civil, que provocou uma inflação galopante e o aumento do preço dos produtos básicos, incluindo alimentos e combustível. A violência provocou dezenas de milhares de mortes e empobreceu ainda mais o país, dividido por conflitos étnicos.