Extinction Rebellion ameaça proibição de protestos em Londres

Extinction Rebellion ameaça proibição de protestos em Londres

Movimento de desobediência civil elabora manifestações contra crise climática

AFP

Polícia britânica proibiu atos realizados pelo coletivo de ecologistas

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Os ecologistas do movimento de desobediência civil Extinction Rebellion (XR) iniciaram nesta terça-feira uma série de grandes protestos em Londres, apesar da proibição de manifestações decretada pela polícia britânica, em sua segunda semana de mobilização mundial contra a crise climática.

Para denunciar a ausência de um "plano que apoie a descarbonização da economia britânica", a cofundadora do movimento Gail Bradbrook bateu com um martelo nas janelas do ministério britânico dos Transporte, diante de outros ativistas. XR prevê ainda bloquear durante o dia a rua que termina na sede do serviços de inteligência MI5 e organizar um "grande banquete".

Após uma primeira grande mobilização em abril, o movimento ecologista, criado no Reino Unidos no fim de 2018, iniciou em 7 de outubro uma série de ações em todo o mundo, com epicentro em Londres, onde foram registradas 1.445 detenções.

As ações desta terça-feira acontecem apesar da polícia londrina ter decretado, na segunda-feira à noite, a proibição de manifestações na cidade. "Qualquer pessoa que não respeitar a nova restrição pode ser detida e processada", afirma um comunicado, que justificando a medida pelas "graves perturbações" provocadas pelo protesto na capital britânica.

Na segunda-feira à noite, a polícia desalojou os manifestantes reunidos em Trafalgar Square. Entre as pessoas detidas estava a eurodeputada ecologista Ellie Chowns. "Exerço meu direito de manifestação e fui detida ao lado de corajosos ativistas pelo clima", escreveu no Twitter. "As regras mudaram. É intolerável, não apresentaram nenhuma justificativa, as manifestações eram pacíficas e esta é uma emergência climática", afirmou em um vídeo que acompanha a mensagem.
 

 


O XR indicou aos manifestantes nas redes sociais outros locais onde poderiam passar a noite, mas destacou que "a rebelião internacional continua". O movimento prega a desobediência civil para obrigar os governos a agir ante a crise climática. Desde a semana passada, seus ativistas sobem em aviões, colam os corpos a edifícios e bloqueiam pontes da cidade.

 


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