Famílias de reféns israelenses interrompem discurso de Netanyahu no Parlamento

Famílias de reféns israelenses interrompem discurso de Netanyahu no Parlamento

Protesto ocorreu quando ele afirmou que precisa de "mais tempo" para cumprir a promessa de resgatar todas as vítimas

AFP

Famílias de reféns israelenses interrompem discurso de Netanyahu

publicidade

Parentes de israelenses mantidos como reféns pelo grupo islamista Hamas em Gaza interromperam nesta segunda-feira (25) um discurso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no Parlamento. O protesto ocorreu quando ele afirmou que precisa de "mais tempo" para cumprir a promessa de resgatar todas as vítimas.

"Agora, agora", gritaram os familiares no momento em que o chefe de governo explicava que as forças israelenses precisam de "mais tempo" para libertar os 129 reféns, dos quase 240 iniciais, levados para Gaza após o ataque sem precedentes dos milicianos islamistas no sul de Israel em 7 de outubro.

Uma trégua de uma semana no fim de novembro permitiu a libertação de 105 reféns, incluindo 80 israelenses trocados por 240 palestinos que estavam presos em Israel. "E se fosse seu filho?", "80 dias, cada minuto é o inferno", diziam alguns dos cartazes exibidos pelas famílias no Parlamento, que organizou uma sessão especial dedicada aos reféns.

Depois de afirmar que não poupa esforços para conseguir a libertação dos reféns, Netanyahu declarou que isto seria possível apenas com a manutenção da "pressão militar". Ele contou que conversou com os comandantes militares na área de combate, e eles disseram que precisam de "mais tempo.

"Não podemos parar a guerra enquanto não alcançarmos a vitória contra os que atacam as nossas vidas", declarou. "Não vamos parar até a vitória".

O ataque sem precedentes do Hamas em território israelense no dia 7 de outubro deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades de Israel.

Ao menos 20.674 pessoas - a maioria mulheres e menores de idade - morreram em Gaza desde o início da ofensiva do Exército israelense em represália ao ataque, segundo as autoridades do Hamas, que governam o território palestino.

Veja Também


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895