Fechamento de Coliseu e Fórum Romano causa indignação em Roma
Monumentos permaneceram fechados por quase quatro horas para uma assembleia sindical de funcionários
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"Feriram a cidade", lamentou o prefeito de Roma, Ignazio Marino, comprometido em uma campanha de medidas para melhorar os serviços da capital após duras críticas recebidas tanto a nível nacional como internacional. "O copo está cheio", escreveu em tom indignado o ministro da Cultura e Turismo, Dario Franceschini, que apoia a medida de Renzi.
A assembleia sindical dos funcionários do Coliseu – um dos monumentos mais visitados da Itália, que recebe 6 milhões de pessoas ao ano – provocou inúmeros protestos dos turistas, que não haviam sido informados sobre o fechamento. Esta não é a primeira vez que empregados dos principais monumentos e sítios arqueológicos da Itália, como o de Pompeia, perto de Nápoles (sul), decidem fechar as portas por razões sindicais, impedindo a entrada dos visitantes.
"Já houve outras ocasiões em que sítios arqueológicos muito visitados de nosso país foram fechados para os visitantes de todo o mundo sem que nada fosse feito. Devemos respeitar nossos turistas", lamentou Bernabò Bocca, presidente da Associação Italiana de Hotéis e Turismo. "Ninguém nos avisou antes. Este é meu último dia em Roma, e comprei as entradas para visitar o Coliseu esta manhã porque viajo à tarde. E agora isso, está fechado", reclamou a francesa Paule, procedente de Paris.
Além do Coliseu, estavam fechados os monumentos vizinhos a ele: o Fórum Romano, o Palatino e as termas de Diocleciano, o que gerou o caos no coração de Roma. "Era uma assembleia legítima", rebateu Susanna Camusso, secretária-geral do maior sindicato do país, CGIL, que criticou a tendência atual de impedir qualquer protesto e "limitar a democracia".