FMI iniciará negociação formal com a Argentina em 10 de novembro

FMI iniciará negociação formal com a Argentina em 10 de novembro

Missão analisará com as autoridades a forma de implementar um novo programa que substitua o acordo stand-by assinado em 2018

AFP

Alberto Fernández renunciou às parcelas pendentes do crédito acordado em 2018 quando assumiu em dezembro do ano passado

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Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegará a Buenos Aires no próximo 10 de novembro para iniciar negociações formais com as autoridades argentinas, em busca de um novo programa de créditos para o país sul-americano, anunciou nesta sexta-feira um porta-voz do órgão multilateral.

A missão composta por Julie Kozack e Luis Cubeddu, à qual deve se juntar o representante do FMI residente na Argentina Trevor Alleyne, analisará com as autoridades argentinas a forma de implementar um novo programa que substitua o acordo stand-by assinado em 2018 por cerca de 57 bilhões de dólares.

"O diálogo focará na agenda fiscal, monetária e estrutural das autoridades para o médio prazo, com o objetivo de ancorar a estabilidade macroeconômica e lançar as bases para um crescimento inclusivo e sustentável. Não há datas estabelecidas para finalizar as negociações", disse o porta-voz.

Esta será a segunda visita da missão, depois de uma exploratória realizada no início de outubro. Do crédito acordado em 2018, a Argentina recebeu apenas cerca de 44 bilhões de dólares, porque o presidente de centro-esquerda Alberto Fernández renunciou às parcelas pendentes ao assumir em dezembro de 2019.

"O nosso objetivo continua sendo apoiar o povo argentino para superar os complexos desafios socioeconômicos que enfrenta e estabelecer as bases para uma economia mais estável e um futuro mais próspero", disse o porta-voz do FMI nesta sexta-feira.

O FMI projeta para este ano uma queda de 11,8% da economia argentina, que enfrenta seu terceiro ano de recessão. Com uma inflação de mais de 40% anual, a Argentina viu disparar também os índices de pobreza (40,9%) e de desemprego em meio à pandemia de Covid-19. O governo prevê para 2021 um deficit fiscal de 4,5%. 


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