Forças líbias lançam ofensiva contra último reduto do EI em Sirte

Forças líbias lançam ofensiva contra último reduto do EI em Sirte

Ofensiva do governo de unidade nacional começou em 1º de agosto

AFP

Cidade se tornou redutor do EI

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Forças leais ao Governo de Unidade Nacional líbio (GNA) anunciaram neste sábado ter lançado um novo ataque contra o último reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na cidade de Sirte. "Os combates começaram. Estamos atacando as últimas posições do Daesh no distrito 3", disse um combatente das forças do GNA, empregando o acrônimo em árabe para o EI.

"Nossas forças avançam ao interior dos últimos focos (de resistência), onde se escondem os últimos combatentes do Daesh no distrito 3 e tomaram o controle de várias posições", entre elas dois bancos e um hotel, confirmou o GNA no Facebook, acrescentando que desarticularam um ataque suicída com carro-bomba.

Situada na costa mediterrânea 450 km a leste de Trípoli, Sirte se tornou o reduto do EI na Líbia desde que o país foi ocupado, em junho de 2015. Esses novos combates deixaram ao menos 10 mortos e cerca de 60 feridos nas fileiras dos pró-GNA, segundo um médico do Hospital Central de Misrata.

Ambulâncias foram vistas deixando a cidade em direção a Misrata, situada no meio do caminho entre Sirte e Trípoli. Segundo o GNA, ao menos dez cadáveres de extremistas foram encontrados em uma escola do distrito 1 da cidade.

Em maio passado, as tropas leais ao GNA lançaram uma operação militar para voltar a controlar a cidade. No último domingo, as forças do governo anunciaram o início da batalha final para reconquistar todo o território de Sirte.

Na quarta-feira, o chefe do governo provisório, Fayez Al-Sarraj, visitou a cidade pela primeira vez desde que as forças leais lançaram sua ofensiva. Al-Sarraj e alguns de seus ministros visitaram as linhas de frente e o centro de conferências Uagadugu, que foi utilizado durante meses pelo EI como centro de operações.

"Continuaremos expulsando, com a ajuda de Deus, o que resta do Daesh, e vamos atingi-los onde quer que estejam em nosso país", prometeu Al-Sarraj. A tomada da cidade por parte do EI no ano passado alarmou a comunidade internacional, que temia que os extremistas utilizassem-na para preparar ataques na Europa.

Os extremistas aproveitaram o caos na Líbia após a revolta popular de 2011 para se apoderar de Sirte, em junho de 2015. A ofensiva recebeu apoio aéreo dos Estados Unidos. O Pentágono informou na sexta-feira que, desde o início da campanha aérea, em 1º de agosto, os drones, helicópteros e bombardeiros americanos atacaram 108 vezes alvos do EI em Sirte.

Permanecem na cidade menos de 200 combatentes extremistas, segundo o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, que garantiu que as forças do GNA conseguiram cercá-los completamente. A queda de Sirte representaria um novo golpe para o grupo extremista sunita, que já bate em retirada em várias partes da Síria e do Iraque.

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