Fragata da Marinha Brasileira encontra embarcação com 31 imigrantes sírios à deriva no Mediterrâneo

Fragata da Marinha Brasileira encontra embarcação com 31 imigrantes sírios à deriva no Mediterrâneo

Barco estava sem combustível e sem direção há pouco menos de uma semana

AE

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A fragata Liberal, a F-43 da Marinha do Brasil, encontrou na última sexta-feira uma pequena lancha superlotada por 31 refugiados sírios, muitos deles crianças e mulheres, carregando mochilas, levando poucos documentos. O grupo, localizado no Mediterrâneo, pretendia chegar à Ilha de Chipre, fugindo da guerra civil que já provocou 350 mil mortes. A embarcação leve estava sem combustível, à deriva havia pouco menos de uma semana. Os estoques limitados de água e comida haviam se esgotado. Todos estavam debilitados e ao menos dois casos de desidratação associada a desnutrição foram considerados graves.

O comandante do navio brasileiro, capitão Cláudio Correa, ordenou que fosse prestado o atendimento médico de urgência. Também foram fornecidos suprimentos e remédios. O resgate dos refugiados foi feito por duas lanchas oceânicas da força naval do Líbano. A Liberal escoltou as embarcações.

Até essa segunda-feira, essas eram as únicas informações divulgadas pela chefia da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) a respeito do evento, o segundo do gênero em que a Marinha se envolve diretamente. Há dois anos, em setembro de 2015, a corveta Barroso, a V-34, resgatou 220 refugiados - entre os quais, quatro bebês. Todos foram abrigados na corveta - o barco usado para tentar chegar à costa da Itália corria risco de naufragar. A Barroso encontrou os refugiados antes de ser incorporada à missão da ONU.

A F-43 foi acionada pela Força Tarefa Marítima (FTM), comandada pelo contra-almirante Eduardo Vasquez, para localizar os refugiados empregando o radar de busca e os recursos do helicóptero de bordo, um Lynx de ataque, observação e transporte. A lancha estava sem energia e sem capacidade de acionar os motores a cerca de 75 quilômetros do litoral de Beirute, a capital libanesa. Embora com excesso de passageiros, não havia ameaça iminente de perda da embarcação, relativamente moderna e equipada.

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