França adota sanções contra 18 sauditas suspeitos em caso Khashoggi

França adota sanções contra 18 sauditas suspeitos em caso Khashoggi

Assassinato do jornalista provocou onda de indignação internacional manchando imagem do Riad

AFP

Assassinato do jornalista provocou onda de indignação internacional manchando imagem do Riad

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A França adotou sanções contra 18 cidadãos sauditas suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, ocorrido em 2 de outubro no consulado de seu país em Istambul, anunciou nesta quinta-feira o ministério francês das Relações Exteriores. "Estas medidas, decididas pelo ministério do Interior, pretendem proibir o acesso a esses indivíduos ao território nacional assim como ao conjunto do espaço Schengen", informou o ministério em comunicado.

"Tratam-se de medidas conservadoras, que poderiam ser revisadas ou estendidas em função do avanço das investigações atuais", acrescentou. Paris segue, assim, os passos de Berlim, que anunciou sanções similares na segunda-feira. Essas medidas foram adotadas "em acordo com os sócios europeus, especialmente a Alemanha", informou a mesma fonte. Em 15 de novembro, os Estados Unidos anunciaram sanções financeiras - incluindo um congelamento de seus haveres em solo americano - contra 17 responsáveis sauditas.

O assassinato do jornalista, crítico com o reino, provocou uma onda de indignação internacional e empanhou a imagem da Arábia Saudita, especialmente a do príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, acusado pela imprensa e por autoridades turcas na condição de anonimato de ter dado a ordem de matar Khashoggi. A França pediu às autoridades sauditas "uma resposta transparente, detalhada e exaustiva" sobre as circunstâncias do assassinato. O procurador geral saudita acusou até agora 11 pessoas - de um total de 21 suspeitos - e pediu a pena de morte para cinco delas, mas eximiu o príncipe herdeiro.

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