França começa hoje a esclarecer o que aconteceu no voo Rio-Paris

França começa hoje a esclarecer o que aconteceu no voo Rio-Paris

Um documento será divulgado com elementos factuais sobre as circunstâncias do acidente

Correio do Povo

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O BEA (órgão francês que investiga o acidente da Air France) divulgará nesta sexta-feira à tarde uma nota com explicações sobre o acidente do voo Rio-Paris. O avião da Air France caiu em 31 de maio de 2009 com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. As informações são do portal R7.

Nesta semana, o BEA enviou um e-mail à imprensa dizendo que a nota vai conter “as primeiras constatações que resultam da análise das gravações de voo", material analisado a partir das caixas-pretas do avião, que foram recuperadas no início de maio.

O documento será divulgado no site do BEA no começo da tarde e não haverá entrevista coletiva. O órgão divulgará apenas "elementos factuais sobre o decurso do voo que determinarão as circunstâncias do acidente, mas de forma nenhuma suas causas", afirmaram os investigadores.

O BEA está encarregado apenas da investigação técnica da catástrofe. A Justiça francesa vai determinar os responsáveis pelo acidente.

Caixas pretas


As circunstâncias do acidente permanecem um mistério desde desde 2009, quando o Airbus A330 da Air France caiu no meio do Atlântico. Mas a descoberta das caixas-pretas - que contêm os dados do voo bem como as gravações das conversas dos pilotos - deu a famílias das vítimas e autoridades a esperança de que a verdade possa ser esclarecida.

Recuperadas no início deste mês, as caixas-pretas estão sendo analisadas pelos especialistas do BEA, que devem publicar em junho o primeiro relatório provisório sobre as causas do acidente.

No entanto, o órgão enfrenta a uma enorme pressão midiática por causa dos constantes vazamentos sobre os elementos da investigação, o que provocou a indignação dos familiares das vítimas. Em carta enviada ao primeiro-ministro da França, François Fillon, os parentes mostraram "dúvidas" sobre "a autonomia" do BEA para dirigir a investigação, após a "divulgação de informações que deveriam ser confidenciais".


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