França identifica segundo francês entre carrascos do Estado Islâmico

França identifica segundo francês entre carrascos do Estado Islâmico

Convertidos representam 20% dos jihadistas franceses que são, na maioria, recrutados na internet

AFP

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Paris revelou nesta quarta-feira a identidade de um segundo francês entre os carrascos que participaram da decapitação de 18 prisioneiros sírios divulgada em um vídeo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e anunciou o reforço de seu esquema militar perto do local das operações no Iraque.

Nesta terça, um suicida detonou um carro-bomba na região autônoma do Curdistão iraquiano, em guerra contra os jihadistas, matando quatro pessoas.

A França já havia confirmado na segunda-feira a presença de um jovem francês de 22 anos, Maxime Hauchard, no vídeo de propaganda do EI que mostra a execução de 18 sírios e a cabeça do refém americano Peter Kassig.

O segundo francês, um jovem de 22 anos de origem portuguesa, Mickael dos Santos, também teria se convertido ao Islã e viajado no outono de 2013 à Síria para se juntar à jihad, adotando o nome de guerra Abu Othman, segundo uma fonte ligada ao caso.

Mickael dos Santos "é conhecido por seu envolvimento com o terrorismo na Síria e por seu comportamento violento exibido nas redes sociais", declarou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

Ele informou que "mais de mil" franceses fazem parte do movimento extremista na Síria. Entre eles, "cerca de cinquenta" foram mortos nos combates.

Efeito de horror Além dos dois franceses, os outros 16 combatentes que aparecem no vídeo ainda não foram identificados. Alguns possuem traços ocidentais ou asiáticos.

Um jornal belga informou sobre a possível presença no grupo de um belga que deixou seu país para se juntar aos jihadistas em outubro de 2012, mas as autoridades não confirmaram essa informação.

O vídeo também mostra um homem que poderia ser o britânico apelidado de "Jihadi John" pela mídia britânica, e que aparece mascarado tendo a cabeça decepada de Peter Kassig aos seus pés. Esse homem é considerado o suposto assassino dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e dos agentes humanitários britânicos Alan Henning e David Haines.

Para o presidente francês, François Hollande, o EI tenta "criar um efeito de horror" com essa mensagem: "Vejam (...) do que seus cidadãos seriam capazes".

Os convertidos representam 20% dos jihadistas franceses que são, em sua grande maioria, recrutados na internet, de acordo com fontes da inteligência francesa.

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