Fukushima 1 é evacuada e trabalhadores interrompem combate a incêndios
Governo explica que radiação ficou muito forte para os últimos 50 funcionários no local
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A imprensa local também mostrou fumaça no local do reator 3, porem, segundo Edano, é mais provável que a fumaça seja uma fuga de vapor após um dano no vaso de confinamento. Ontem, terça-feira, o porta-voz havia anunciado níveis de radiação centenas de vezes mais elevados que o padrão, entre os reatores 3 e 4 de Fukushima. Este nível chegou até 400 millisieverts junto ao reator 3 e a 100 millisieverts em torno do reator 4.
A partir de uma dose de 100 millisieverts cresce o risco de câncer para o ser humano. Em meio à evacuação do complexo de Fukushima, Edano anunciou que o Japão está disposto a pedir ajuda às forças armadas dos Estados Unidos para enfrentar a catástrofe nuclear.
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A usina nuclear tem sido a ameaça mais séria à população japonesa após a devastação causada no nordeste do país por um terremoto de magnitude 9 e tsunami subsequente. Os tremores danificaram a infraestrutura de Fukushima e interromperam a refrigeração dos reatores, causando explosões e incêndios nas unidades 1, 2, 3 e 4.
A instalação fica relativamente próxima da principal cidade, Tóquio, e o governo teme que a radiação possa crescer a níveis elevados. Seria uma segunda catástrofe, desta vez radioativa, ao invés de natural.
Apesar do maior aglomerado humano do país ter sido poupado dos tremores mais fortes, as regiões mais castigadas Sendai, Miyagi e Fukushima registram milhares de mortes. De acordo com a agência Kyodo News, a Polícia Nacional do Japão contabiliza 3.676 mortos e 7.558 com registros oficiais de desaparecimento.
O número de vítimas, contudo, pode superar 10 mil, já que apenas agora começam os trabalhos com máquinas para encontrar corpos nas áreas de tsunami. Os mais de 80 mil servidores das forças de resgate, muitos voluntários, aguardavam o fim dos alertas de novos maremotos.