Fumaça tóxica se dissipa no nordeste dos Estados Unidos

Fumaça tóxica se dissipa no nordeste dos Estados Unidos

Fumaça proveniente de incêndios florestais no Canadá cobriram várias cidades americanas esta semana

AFP

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Moradores do nordeste dos Estados Unidos estavam respirando melhor nesta sexta-feira (9), à medida que a fumaça dos incêndios canadenses se dissipava gradualmente, após cobrir várias cidades esta semana. Em Nova York e em Washington, D.C., a qualidade do ar foi classificada como "moderada" pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês). Na capital americana, o céu voltou a ficar azul hoje de manhã, mas, como medida de precaução, as crianças das escolas públicas da cidade continuaram proibidas de passar o recreio ao ar livre.

A qualidade do ar melhorou depois que os ventos que sopravam sobre a província canadense de Québec, palco de virulentos incêndios florestais, mudaram de direção, disse à AFP Ryan Stauffer, cientista da NASA (Agência Espacial americana) especializado em poluição do ar. A concentração de partículas finas no ar foi até 20 vezes menor na manhã desta sexta em Washington, em comparação com o mesmo horário de quinta-feira, disse Stauffer.

Uma densa neblina e um acre odor pairaram sobre a região por dias, com a poluição do ar excedendo os níveis das cidades mais poluídas do mundo, localizadas no sul da Ásia e na China. Os prefeitos de Nova York, Montreal, Toronto, Washington e Filadélfia emitiram uma declaração conjunta na sexta-feira, dizendo que "este episódio alarmante serve como um claro lembrete dos impactos prejudiciais que a crise climática está causando nas cidades de todo o mundo".

"Sem reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis para reduzir, pelo menos pela metade, nossas emissões até 2030, provavelmente nos condenaremos a um futuro cheio de semanas como esta", diz trecho da declaração.

Mais de 111 milhões de pessoas nos Estados Unidos ficaram sob alertas de qualidade do ar na quinta-feira, devido às chamas. A fumaça dos incêndios florestais canadenses também foi detectada a milhares de quilômetros de distância, na Noruega.


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