Fundador do WikiLeaks aceita ser ouvido pela Justiça sueca em Londres

Fundador do WikiLeaks aceita ser ouvido pela Justiça sueca em Londres

Julian Assange está refugiado na embaixada do Equador desde junho de 2012

Agencia Brasil

Fundador do WikiLeaks aceita ser ouvido pela Justiça sueca em Londres

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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres, aceitou ser ouvido por juízes suecos na capital britânica, anunciou nesta sexta-feira o advogado Per Samuelsson. "Estamos cooperando com a investigação, Assange aceita" a proposta do Ministério Público sueco, disse ele. O Ministério Público apresentou a proposta de ouvir Assange em Londres, na expectativa de fazer avançar o inquérito por violação, suspenso desde que o australiano refugiou-se na embaixada. "A procuradora Marianne Ny enviou pedido aos advogados de Julian Assange para saber se ele aceitaria ser ouvido na capital britânica e para colher uma amostra de DNA", de acordo com comunicado do Ministério Público sueco.

Até agora, a Justiça sueca tinha se recusado a ouvir Assange fora da Suécia, como sempre pediu o australiano. O Ministério Público, no entanto, disse que mudou de posição porque "vários fatos dos quais Assange é acusado vão prescrever em agosto deste ano, ou seja, em menos de seis meses". Se todas as partes estiverem de acordo, o Reino Unido deverá aceitar que o fundador da WikiLeaks seja ouvido em seu território por juízes estrangeiros, e o Equador deve abrir as portas.

Julian Assange, de 43 anos, está refugiado na Embaixada do Equador desde junho de 2012, evitando assim um mandado de prisão que o Reino Unido pretende executar assim que ele deixar o território equatoriano. A polícia britânica vigia o local 24 horas.

Assange foi denunciado por violação em 2010 por duas suecas. Ele declarou que as relações mantidas foram consensuais. O australiano disse temer que a Suécia faça a sua extradição para os Estados Unidos, pela publicação no site WikiLeaks de 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos e 500 mil relatórios militares considerados segredos da Defesa.

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