Funeral de Thatcher receberá mais de 2 mil convidados

Funeral de Thatcher receberá mais de 2 mil convidados

Custo estimado em 10 milhões de libras causa polêmica no Reino Unido

AFP

Ensaio para o funeral cerimonial da ex-premiê britânica Margaret Thatcher, no centro de Londres

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O Reino Unido se prepara para dar seu último adeus à ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher, na cerimônia da quarta-feira, em um funeral com grande pompa e mais de dois mil convidados. A emblemática catedral de St. Paul, no centro de Londres, abrigará o cerimonial que, à exceção do nome e do voo rasante de aviões da Royal Air Force (RAF), terá todas as características de um funeral de Estado, como o realizado na morte de Winston Churcill, em 1965.

Assim como naquela ocasião, a rainha Elizabeth II, que não costuma comparecer às despedidas de seus chefes de governo, fará uma exceção e assistirá à missa acompanhada de seu marido, Philip, duque de Edimburgo. Os chefes de governo Benjamin Netanyahu de Israel, Stephen Harper do Canadá, Mario Monti da Itália, Donald Tusk da Polônia e Sabah al-Ahmad al-Sabah do Kuwait também confirmaram presença.

Margaret Thatcher faleceu na última segunda-feira, aos 87 anos. Assim como o legado de 11 anos de governo da Dama de Ferro, o funeral causa polêmica e divide a população do Reino Unido. O custo do cerimonial, estimado pela imprensa em até 10 milhões de libras (15,3 milhões de dólares ou 11,7 milhões de euros), provocou críticas, embora o governo britânico tenha classificado o número de "fantasioso". "Será uma homenagem merecida a uma grande primeira-ministra", afirmou o atual premiê, David Cameron, considerado um herdeiro político de Thatcher.

O custo do funeral será coberto, em parte, pela família de Thatcher, que tinha dois filhos, os gêmeos Mark e Carol, e o restante, pelos fundos públicos, num momento em que os britânicos são submetidos a um severo plano de austeridade. Segundo uma pesquisa divulgada no domingo pelo Independent on Sunday, 60% dos britânicos são contrários ao pagamento da conta do funeral pelos contribuintes, praticamente o mesmo percentual que considera que Thatcher foi a primeira ministra que mais dividiu o país.

Cerimonial

Está prevista a participação de mais de 700 militares, muitos deles representantes dos regimentos que lutaram na guerra das Malvinas contra a Argentina, em 1982, conflito que salvou sua carreira política e forjou sua reputação de "Dama de Ferro".

A cerimônia religiosa, fechada ao público, será transmitida ao vivo pela televisão, mas os britânicos, polarizados sobre a ex-primeira-ministra inclusive depois de morta, poderão acompanhar nas ruas o trajeto de 1,9 km que será percorrido pelo caixão, em meio a um forte esquema de segurança para evitar incidentes.


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