Furacão Franklin perde força no Leste do México
Primeiro furacão da temporada registrava ventos de até 140 km/h e se desloca a 20 km/h
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Às 6h GMT (3h, horário de Brasília), o primeiro furacão da temporada no Atlântico registrava ventos de até 140 km/h e se desloca a 20 km/h, de acordo com o NHC. Três horas depois, o fenômeno perdia força e se degradava para tormenta tropical à medida que ingressava em território mexicano, provocando fortes chuvas com ventos de 110 km/h, apontou o NHC em seu boletim das 9h GMT. A expectativa é que o fenômeno provoque precipitações entre 100 e 200 milímetros, com máximos isolados de 380 mm, afetando fundamentalmente Veracruz e os estados vizinhos de Puebla e Hidalgo. "Essas chuvas podem causar inundações súbitas e deslizamentos ameaçadores para a vida", indicou o NHC.
Zonas de risco
O governador de Veracruz, Miguel Ángel Yunes, disse à emissora Televisa que "as zonas de maior risco são as zonas, onde temos rios de resposta rápida, rios que nascem nas montanhas perto da costa e que, com as descargas de água, podem crescer de maneira súbita". Na quarta-feira, foram suspensas aulas, atividades turísticas e navegações em Veracruz, em meio às evacuações preventivas do Exército e da Marinha.
Em Puebla, as autoridades estaduais declararam alerta vermelho e prepararam abrigos para a população. "As zonas de maior risco são Teziutlán, Huauchinango, Zacapoaxtla, Guadalupe Victoria e Coxcatlán. Nesses lugares, conta-se com um total de 572 abrigos temporários com capacidade para mais de 96 mil pessoas", disse o titular da Secretaria Geral de Governo de Puebla, Diódoro Carrasco.
Franklin ingressou na terça-feira nas águas do Golfo do México ainda como tormenta tropical, após atravessar a península de Yucatán na véspera. A região foi atingida por fortes chuvas, mas não há registro de danos graves, nem de vítimas. Por sua localização geográfica e ampla costa, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, o México é um dos países mais vulneráveis à passagem dos furacões, com pelo menos dez por ano.
Em setembro de 2013, o impacto quase simultâneo dos furacões Ingrid e Manuel deixou 157 mortos em Guerrero (sul). Desse total, quase 50 pessoas foram vítimas de um deslizamento na localidade de La Pintada.