Geórgia tem segunda noite de protestos

Geórgia tem segunda noite de protestos

Pela segunda noite consecutiva, milhares de pessoas protestaram do lado de fora do parlamento da Geórgia e exigiram eleições parlamentares antecipadas

Correio do Povo e Agência Brasil

Moscou e Tbilisi cortaram as relações diplomáticas depois de conflito armado que terminou com a anexação de 20% do território da Geórgia pela Rússia

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Mais de 15 mil pessoas se reuniram em frente ao Congresso na capital Tbilisi, na Geórgia, apesar dos confrontos com a polícia ocorridos na noite anterior que deixaram pelo menos 240 feridos. Mais de 300 pessoas foram presas.

O presidente do parlamento da Geórgia, Irakli Kobakhidze, deixou o cargo, nesta sexta-feira (21), depois que manifestantes e a oposição exigiram sua renúncia. Ele foi responsabilizado pela polêmica visita de uma delegação russa ocorrida na quinta-feira (20), na qual um parlamentar russo discursou sentado no lugar do presidente de Irakli.

A visita foi considerada pouco usual, já que a Geórgia cortou relações diplomáticas com o Kremlin durante a guerra de 2008 entre os dois países. Os manifestantes também reivindicam 20% de território que foi anexado pelos russos.

A oposição agora pede eleições parlamentares antecipadas e a renúncia do ministro do Interior, Giorgi Gakharia, responsabilizado pela ação violenta da polícia durante os protestos da noite de quinta-feira.

Rússia suspende voos

Em resposta aos protestos, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nessa sexta-feira proibindo temporariamente que companhias aéreas russas voem para a Geórgia a partir de julho.

Moscou e Tbilisi cortaram as relações diplomáticas em 2008, após um conflito armado entre os dois países que terminou com a anexação de 20% do território georgiano pela Rússia. A Geórgia perdeu a Ossétia do Sul e a Abkázia. Moscou reconheceu ambas as áreas como estados independentes e estacionou bases militares permanentes em cada uma.


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