Google demitiu 48 pessoas em dois anos por acusações de assédio sexual
Empresa garantiu ter adotado linha mais rígida para combater abusos
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O diretor executivo da companhia, Sundar Pichai, incluiu essa informação em um documento interno aos funcionários, obtido pela AFP, e elaborado em resposta ao New York Times que havia informado que o criador do Android, Andy Rubin, recebeu uma indenização de US$ 90 milhões ao ser demitido após acusações de comportamento inadequado.
Em seu comunicado, Pichai assegurou que nenhum dos funcionários demitidos por esta causa receberam "presentes de saída", em referência à indenização. "Nos últimos anos, fizemos uma série de mudanças, inclusive adotamos uma linha mais dura sobre o comportamento inadequado de pessoas em posições de autoridade", afirmou Pichai.
Ele acrescentou que o artigo do Times era "difícil de ler", mas não abordou diretamente as afirmações. "Levamos muito a sério o fato de garantirmos um local de trabalho seguro e inclusivo", disse. "Queremos garantir a todos que estudamos todas as reclamações sobre assédio sexual ou comportamento inadequado, investigamos e tomamos medidas".
Citando documentos e entrevistas, o New York Times informou que Rubin foi um dos três principais executivos que o Google protegeu na última década, após denúncias de comportamento sexual inadequado. Dois funcionários do Google, citados anonimamente, asseguram no artigo que o então diretor executivo Larry Page solicitou a renúncia de Rubin quando a empresa confirmou a queixa de uma mulher.
Sam Singer, porta-voz de Rubin, rejeitou as acusações em um comunicado à AFP, alegando que o criador do Android deixou o Google por iniciativa própria para lançar a incubadora de tecnologias Playground.