Governo alemão anuncia diminuição da epidemia de E.coli
Caso raro de bactéria já matou 25 pessoas, sendo 24 no país
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"Após as análises dos dados e dos números apresentados pelo Instituto (de Vigilância Sanitária) Robert-Koch, temos razões para mostrar um otimismo moderado", acrescentou Bahr, para quem"o número de novas infecções diminuem de maneira continua". Segundo o ministro, no entanto, não estão descartadas novas infecções nem mortes.
Na terça-feira, o Instituto Robert Koch havia apontado pela primeira vez "um pequeno recuo do número de novos casos", enquanto mais de 2,6 mil pessoas já foram infectadas, sendo 75% delas no norte do país.
Bahr disse hoje que ainda não se sabe se esse retrocesso se explica pela drástica queda no consumo de legumes crus, principalmente pepinos, tomates e verduras. Entre as 25 mortes registradas, 24 ocorreram na Alemanha sendo a última na região da Baixa Saxônica (norte do país), nesta quarta-feira.
A pesquisa continua tentando identificar a origem da contaminação de um tipo raro e muito perigoso da bactéria E.coli enterohemorrágica (Eceh) que causa diarreias com sangue e pode provocar doenças renais. Os resultados das análises de sementes produzidas em uma horta do norte da Alemanha ainda são esperados. No entanto, segundo o ministro, a fonte da infecção em 80% dos casos não foi identificada.
Antes da reunião de hoje, Dalli havia pedido de maneira "urgente" que a Alemanha cooperasse de maneira mais estrita com os especialistas estrangeiros, no jornal Die Welt. Adotando um tom mais conciliador depois do encontro ,ele disse: "Contra essa epidemia temos que insistir na importância do rigor científico, numa comunicação transparente e coordenada e numa investigação profunda", acrescentando que a Alemanha teve razão em dar o alarme.
A comunicação da Alemanha, com seu sistema federal e ministros diferentes em cada Estado regional, é pouco organizada e o ministro Daniel Bahr admitiu que era necessário "melhorar". Alguns países como a Espanha e a Bélgica acusaram a o governo alemão de criar alarmes desnecessários, causando prejuízos financeiros avaliados em centenas de milhões de euros para os agricultores europeus.