Governo de Honduras declara estado de sítio por violência eleitoral

Governo de Honduras declara estado de sítio por violência eleitoral

Toque de recolher foi instaurado durante dez dias

AFP

Governo de Honduras declara estado de sítio por violência eleitoral

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O governo de Honduras decretou, na sexta-feira à noite, um estado de exceção que restringe as garantias à livre-circulação, com o objetivo de conter as violentas manifestações registradas em diferentes regiões do país após as eleições de domingo passado. O decreto executivo aprovado pelo presidente Juan Orlando Hernández aponta que "fica restringida, por um prazo de dez dias (...), a livre-circulação de pessoas" entre as 18h locais e 6h do dia seguinte, anunciou o ministro-chefe da Casa Civil, Jorge Ramón Hernández Alcerro. O estado de exceção começou às 23h locais (3h, em Brasília) de sexta.

Não são afetados pela medida representantes do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), representantes de partidos políticos, observadores nacionais e internacionais e jornalistas acreditados para cobrir as eleições. Tampouco se aplicará a restrição de circulação aos trabalhadores do transporte de cargas, socorristas, pessoal médico e de enfermaria, membros de segurança e Justiça, funcionários do Estado, membros do corpo diplomático e consular, missões internacionais e membros da comissão nacional de direitos humanos. O decreto ordena a detenção de qualquer pessoa em trânsito nos horários interditados, ou suspeita de causar danos a outras pessoas, ou a seus bens.

Desde quarta-feira, milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital, com reflexos no restante do país, com bloqueios de estradas com barricadas, exigindo se conceda a vitória eleitoral do candidato da esquerdista Aliança de Oposição contra a Ditadura, Salvador Nasralla. A Aliança é coordenada pelo ex-presidente de esquerda derrubado do poder em 2009, Manuel Zelaya.

Após a apuração de 94,31% das urnas, o presidente Hernández, do Partido Nacional (PN, de direita), que tenta a reeleição, somava 42,92% dos votos contra 41,42% de seu rival, o jornalista Nasralla.

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