Governo do Brasil anuncia saída da Unasul

Governo do Brasil anuncia saída da Unasul

Itamaraty já havia anunciado a suspensão da participação no bloco, há dois meses

AFP

Itamaraty informou sobre pedido de refúgio

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O governo brasileiro denunciou nesta segunda-feira o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formalizando sua saída da organização. A decisão foi comunicada oficialmente ao governo do Equador, país depositário do acordo, e surtirá efeitos transcorridos seis meses a contar da data de hoje. 

O governo da Bolívia, que assumiu a presidência do grupo em 12 de abril de 2018, disse nesta segunda-feira que entregou o mandato temporário de um ano ao Brasil, país que o sucede em ordem alfabética, como manda o regulamento.

Em seu comunicado, o Itamaraty não faz referência à presidência temporária. A Unasul nasceu em 2008, nos anos dourados da esquerda latino-americana, integrada por 12 membros, tendo como um dos principais promotores o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em abril de 2018, os governos de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru decidiram de forma conjunta suspender a sua participação da Unasul em função da prolongada crise no organismo, quadro que, desde então, não se alterou.

Em 22 de março passado, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru assinaram documento por meio do qual indicaram sua vontade de constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição à Unasul.

O novo foro terá estrutura leve e flexível, com regras de funcionamento claras e mecanismo ágil de tomada de decisões. Terá, ainda, a plena vigência da democracia e o respeito aos direitos humanos como requisitos essenciais para os seus membros.


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