Governo do Suriname nega preconceito contra brasileiros

Governo do Suriname nega preconceito contra brasileiros

Ministra de Negócios Estrangeiros admitiu que país foi pego de surpresa pelo ato de violência

Agência Brasil

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Depois do ataque a estrangeiros no último dia 24 no Suriname, a ministra de Negócios Estrangeiros do país vizinho, Ligya Kraag-Keteldijk, negou nesta segunda-feira que haja resistências ou preconceito à comunidade brasileira e admitiu que o governo surinamês foi pego de surpresa pelo ato de violência.

Kraag-Keteldijk concedeu entrevista coletiva em Paramaribo (capital do Suriname). ao lado do embaixador do Brasil no país vizinho, José Luiz Machado e Costa. A ministra disse que o governo do Suriname está tomando “todas as providências” para evitar que episódios semelhantes se repitam no país. Segundo ela, a situação “está sob controle”.

Acompanhada pelo embaixador, a ministra disse que há intenção de seu governo em ampliar e intensificar as relações bilaterais com o Brasil. Mas os diplomatas não esclareceram quais áreas deverão ser atingidas.

Na véspera de Natal, cerca de 200 garimpeiros entre brasileiros e chineses foram atacados na região da cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital do Suriname. Ontem (27), o Ministério de Relações Exteriores informou, por meio de nota, que “não houve comprovação de mortes de brasileiros”. Porém, há suspeitas de que entre os desaparecidos existam brasileiros.

A região de Albina é um dos principais áreas de exploração de garimpo. Em todo Suriname, vivem cerca de 15 mil brasileiros – a maioria sem documentação. De acordo com diplomatas, os habitantes do Suriname se queixam que os estrangeiros, mesmo sem documentos legais e sem pagar impostos, usufruem de benefícios no país.

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