Governo russo pede união ao redor de Putin durante invasão da Ucrânia

Governo russo pede união ao redor de Putin durante invasão da Ucrânia

Personalidades da cultura deram declarações contrárias à guerra

AFP

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O Kremlin afirmou nesta sexta-feira (4) que chegou o momento para a população se unir em torno do presidente Vladimir Putin, no nono dia da invasão da Ucrânia.

"Agora não é hora de divisão, é o momento de união. E união ao redor do nosso presidente", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em um encontro com a imprensa, ao ser questionado sobre os apelos de personalidades da cultura contrárias à guerra. Muitas petições cidadãs circulam contra a guerra, entre elas as de personalidades culturais, mas também de profissionais da área médica.

As autoridades russas reforçaram o controle interno da informação após a invasão da Ucrânia, incluindo o fechamento de meios de comunicação independentes, bloqueios de sites e a adoção pendente de emendas legislativas que introduzem sentenças de prisão para os culpados de distribuir "informações falsas" sobre o Exército.

Sobre o conflito em si na Ucrânia, o porta-voz do Kremlin disse que Putin não planeja falar com o presidente ucraniano, estimando que as discussões que aconteceram no dia anterior devem continuar neste formato envolvendo representantes das presidências. "Essas negociações são uma boa maneira de transmitir ao lado ucraniano nossa visão do problema", declarou Peskov.

Sem conversa com Biden 

Por fim, o presidente russo não pretende ter uma discussão com seu colega americano, Joe Biden. "Tal conversa não está planejada. Atualmente, é difícil considerar esses parceiros como interlocutores", disse Peskov, enquanto a Rússia acusa o Ocidente em geral e os Estados Unidos em particular de instrumentalizar a Ucrânia contra Moscou.

Durante a madrugada de hoje, um ataque à central nuclear de de Zaporizhia foi registrado. A ofensiva gerou um incêndio na região, o que proporcionou a ocupação da área pelas tropas russas. 

Nessa quinta-feira, o Putin destacou que invasão da Ucrânia avança "como planejado". O oitavo dia de confrontos foi marcado por um bombardeio que deixou 33 mortos e um acordo para a abertura de um "corredor humanitário" para evacuar civis.

 

 


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