Governo uruguaio questiona imparcialidade de juiz que avalia suspensão da vacina em crianças

Governo uruguaio questiona imparcialidade de juiz que avalia suspensão da vacina em crianças

Alejandro Recarey pediu à Pfizer informações detalhadas sobre as vacinas e contratos firmados

AFP

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O governo uruguaio questionou a imparcialidade de um juiz que o intimou nesta quarta-feira (6) por um recurso para suspender a vacinação de crianças contra a Covid-19, que é voluntária.

Representantes do Ministério da Saúde Pública (MSP) apresentaram uma rejeição ao juiz Alejandro Recarey, que no sábado convocou uma audiência para que as autoridades e a farmacêutica Pfizer exigissem informações detalhadas sobre as vacinas administradas durante a pandemia e os contratos firmados.

No documento, o MSP destaca a "falta de imparcialidade do juiz por ter dado o sua opinião prévia sobre a mesma questão" da vacinação, segundo um comunicado divulgado no Twitter.

Também alega que o recurso foi apresentado "fora do prazo" e destaca o descumprimento "de outros requisitos previstos na lei de amparo".

"As vacinas são eficazes e seguras, conseguiram reduzir a mortalidade e os contágios, são um mecanismo para proteger a vida, a saúde e a integridade das pessoas, foram aprovadas e fornecidas pelo órgão competente", disse o ministério.

"A atuação do juiz constituiu uma clara violação da separação de poderes, invadindo os poderes da saúde, a cargo do Poder Executivo", acrescentou.

O juiz Recarey, que atua como suplente em um tribunal contencioso administrativo, deu ensejo ao recurso do advogado Maximiliano Dentone para suspender a campanha de vacinação "em idade pediátrica".

No Uruguai, crianças a partir de 5 anos de idade estão autorizadas a serem vacinadas.


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