Grécia encerra planos de recuperação e mantém reformas econômicas
País era o último da zona do euro que permanecia sob programa de assistência do FMI
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Centeno, que também é ministro das Finanças de Portugal e preside o Eurogrupo, considera que o fim do resgate é resultado do "esforço extraordinário do povo grego, da boa cooperação com o atual governo grego e dos esforços dos sócios europeus", que concederam empréstimos a Atenas.
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Depois de Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre, a Grécia era o último país da zona do euro que permanecia sob o programa de assistência instaurado durante a crise. Em três planos sucessivos (2010, 2012 e 2015), a Grécia recebeu 289 bilhões de euros em empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), da União Europeia (UE) e do Banco Central Europeu (BCE). Mas em troca, o país teve que adotar reformas duras, que alguns de seus credores criticam agora e que fizeram a nação perder 25% de seu PIB em oito anos, além de ter levado o desemprego ao índice de 27,5% em 2013.
"Isto demorou mais do que o previsto, mas acredito que é suficiente. A economia grega voltou a crescer (+1,4% em 2014), há superávit orçamentário e o desemprego cai com regularidade", declarou Centeno, embora o índice de pessoas sem emprego continue em 20%. "O tempo da austeridade terminou, mas o fim do programa não é o fim do caminho das reformas", avisou o comissário europeu de Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici.