Grupo de Lima se reúne para avaliar medidas contra Venezuela
Encontro será primeira participação internacional do novo chanceler brasileiro Ernesto Araújo
publicidade
A convocação do Grupo de Lima foi feita na mesma semana em que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, foi recebido em Cartagena, na quarta-feira, pelo presidente colombiano Iván Duque. Nesta reunião, os dois governos concordaram em unir esforços para isolar diplomaticamente o governo de Nicolás Maduro e "recuperar" a democracia na Venezuela.
O encontro se realizará três dias depois da posse do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro. O Brasil é uma das 14 nações que compõem o Grupo. Em Brasília, Pompeo se reuniu na terça com o chanceler peruano Néstor Popolizio, cujo país é o impulsionador do Grupo de Lima, e eles concordaram em "aumentar a pressão" sobre Maduro.
O chanceler da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, afirmou nesta quinta-feira que seu país, cujas relações com a Venezuela estão praticamente congeladas desde 2017, decidirá sua postura "conjuntamente com os chanceleres do Grupo de Lima" na reunião de sexta.
O presidente da Colômbia pediu para os "países defensores da democracia" não reconhecerem o novo governo de Maduro - que tem início em 10 de janeiro e deve se estender até 2025. Segundo Maduro, os Estados Unidos estão coordenando um complô para gerar incidentes armados nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e o Brasil e justificar uma intervenção militar.
Criado em 2017, o Grupo de Lima é composto por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucía.