Guatemala cancela reunião com Trump e nega acordo migratório

Guatemala cancela reunião com Trump e nega acordo migratório

Suposto pacto previa que país centro-americano recebesse migrantes

AFP

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A reunião entre os presidentes da Guatemala, Jimmy Morales, e dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual supostamente assinariam um acordo para que o país da América Central recebesse migrantes, foi cancelada pelo governo guatemalteco, que negou a intenção de avançar em um pacto similar.

Depois que diversas ações foram apresentadas à Corte de Constitucionalidade (CC) contra a possibilidade de que a Guatemala se transformasse em um "terceiro país seguro", Morales cancelou a reunião prevista para esta segunda-feira em Washington. "Devido às especulações e as ações legais interpostas, admitidas para trâmite pela Corte de Constitucionalidade, foi decidido reprogramar o encontro bilateral até ser conhecida a decisão da corte", informou um comunicado oficial do governo guatemalteco.

No domingo à noite, a CC concedeu um amparo provisório para evitar que a Guatemala se constitua como "terceiro país seguro". O suposto acordo para declarar a Guatemala como terceiro país seguro desatou críticas e um forte oposição à decisão do presidente Morales. Sob esse conceito, a nação centro-americana deveria processar os pedidos de asilo de todos os imigrantes que atravessam seu território em direção aos Estados Unidos.

A resolução da corte indica que tal acordo deveria passar pelo Congresso e obter a aprovação dos parlamentares. A simples possibilidade de um acordo do tipo despertou grande indignação, a menos de um mês da eleição que definirá o sucessor de Morales. No dia 11 de agosto, o país vai escolher em segundo turno entre a social-democrata Sandra Torres e o candidato de direita Alejandro Giammattei.


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